terça-feira, 29 de maio de 2012

Legalidade Espiritual


Legalidade é uma palavra muito importante na atual magia evangélica. 

Toda hora ouço algum apóstolo ou bispo ensinando que é preciso ter legalidade espiritual, ou que alguém perdeu a legalidade, ou que haverá de obter legalidade.

Acho extraordinário: o mundo espiritual virou uma Assembléia Legislativa das mais meticulosas, e demanda que somente os seus Deputados Espirituais exerçam o mandato conforme a unção ou cobertura espiritual de alguma Potestade Apostólica.

Os apóstolos e os bispos são o Senado que outorga poderes legais aos deputados, e estes a seus inferiores hierárquicos.

Sem obediência a essa hierarquia de legalidade os demônios não se sujeitam ao indivíduo, e ele fica vulnerável, visto que está operando na clandestinidade, e sem a carteira validada pelas autoridades competentes, e sem passe atualizado, e que legitime a missão em curso.

Legalidade é o legalismo do poder exercido em nome de uma suposta autoridade espiritual que tem sua fonte no poder dado por Deus a seus representantes: o Senado dos Apóstolos e Bispos, e somente àqueles que estão andando conforme o último “mover legal”.

Legalidade é espírito do Funcionalismo Judiciário praticado como texto da Constituição da Republica Federativa da União Apostólica.

Legalidade é o recurso que os que se gloriam na carne, e se deliciam no controle de mentes fracas, usam a fim de manter a mediocridade sob satisfeita disciplina legal.

Legalidade, na verdade, é o escudo daqueles que tentam ser quem não são, e que se impõe não pela verdade do que são, mas pelos artifícios dos comandos transferidos supostamente de Deus para alguns marmanjos, que não seriam nada do que ostentam ser não fosse a cartorialização do mundo espiritual, e não fosse a máfia dos cartórios.

Legalidade é a definitiva supremacia de Roma, e de seu espírito legal, sobre a “igreja”, e seus juizes e patronos da legalidade.

O Senhor vê essa legalidade e diz: “As vossas legalidades são para mim como trapo de imundícia”.

Legalidade é a máscara de quem não tem nem autoridade e nem unção. Esses precisam de legalidade.


Caio 

terça-feira, 22 de maio de 2012

Espírito Santo - o poder para amar

Clique no link abaixo para ouvir a mensagem em audio:
>> Espírito Santo - o poder para amar (Audio .MP3) <<

Mensagem: Espírito Santo - O poder para amar.
Série: Espírito Santo.
Pregada em 13/05/2012 - Culto Domingo.
Preletor: Pr. Gelson Magalhães.
Texto base: I Coríntios 13.

Ministério sem paz no apascentar




----- Original Message -----
From: MINISTÉRIO SEM PAZ NO APASCENTAR…
Sent: Saturday, April 18, 2009 10:17 PM
Subject: Preciso de ajuda!

Encontro-me perdida e ao mesmo tempo agradecida a Deus por ter esse site disponível, o qual muito tem me ajudado a me achar nessa confusão chamada igreja!
Preciso muito de ajuda. Moro em Campo Grande - Rio de Janeiro; sou casada e tenho um casal de filhos; fui por 5 anos parte da  Igreja Ministério Apascentar em Nova Iguaçu; onde começamos em nossa casa, eu e meu marido, um trabalho, ou seja, uma célula, com intenção de se tornar uma igreja; pois bem assim aconteceu....
Depois de 4 anos de trabalho intenso com vidas inaugurou o ministério Apascentar em Campo Grande; a mesma recebeu da matriz um pastor para estar então de frente, liderando a igreja.
Começou a partir daí uma grande luta; o que era pra ser a realização de um sonho se tornou um grande pesadelo!!!
Eu e meu marido estavamos pra ser levantados a diáconos e depois de 6 meses seriamos levantados a pastores auxiliares do pastor presidente em Campo Grande...
Daí, então, era preciso algumas coisas como ficar conivente com pecados horrorosos da liderança e estar dispostos a sermos manipulados pelos mesmos.
Faltando uma semana para a nossa ordenação o pastor fez uma ceia onde deveríamos fazer uma aliança de 5 anos de lealdade com ele; ceia essa que eu e meu marido não fizemos; partindo daí fomos excluídos e somos perseguidos até hoje.
Fomos caluniados, perseguidos e traídos por amigos, discípulos, autoridades que achávamos ser homens de Deus....
Essa ceia aconteceu dia 4/01/08; desde lá nossa vida se tornou um inferno!
Peço ajuda!!
_____________________________________________
Resposta:

Amiga querida: Graça e Paz!

A única ajuda que possa dar é dizer: Saia daí; e pare de sofrer por ter sido liberta da macumba cristã!
O que mais?...
Sim, o que você espera?...
Podem ser colhidas uvas de espinheiros ou maçã de pés de mandacaru?
O que você precisa ver é apenas por que está sofrendo...
Pergunta:
Sem as trapalhadas..., vocês estariam ainda lá?
Se o pastor não tivesse dado uma pernada em vocês, pergunto: vocês ainda estariam lá?
Ora, se vocês saíram por uma questão de “poder”, então, saiba: mesmo saídos vocês ainda são de lá; posto que ainda sofram apenas em razão da “perda”; e, tal “perda” é justamente aquilo que você chama de mal..., mas não larga.
Minha ajuda, portanto, é dizer “saiam daí”. E mais: “deixem isso sair de vocês; posto que vocês ainda estejam cheios da doença desse vicio...”
Sua aflição ainda demonstrar a frustração de quem levou uma pernada, não a consciência de quem percebeu que estava sendo livre de algo muito ruim para a alma!
O mais, se você lê o site, conforme falou, é o “normal” da “Babelegélica igreja” que faz estelionato do que Jesus chama Igreja.
Portanto, que saudade é essa das cebolas do Egito?
Ou você saiu não pela voz de Deus, mas apenas porque Faraó mudou o privilegio da “ração” dos escravos?
Estas são questões do IML da crença; e nada têm a ver nem mesmo com oBerçário da Fé.
A decisão é simples:
Ser capelão de presidiários eclesiásticos, ajudando a manter o sistema eclesiástico prisional funcionando..., ou, então, tornar-se pastor da liberdade em Cristo, ajudando as pessoas a aproveitarem o fato que Jesus abriu as portas dos cárceres.
É apenas isto!
Se a resposta de vocês for pela segunda opção, então, por que a tristeza?
Ao contrário, como diz Pedro, se essa é a razão real do sofrimento, então, “glorifique a Deus com este nome de cristão”; isso por sofrer apenas os bons sofrimentos; e não aqueles pelos quais Jesus não deu a vida... 
Receba meu abraço e minha oração no sentido de que você e seu marido entendam as coisas.
Nem vou convidar vocês para virem para uma Estação do Caminho, pois, enquanto houver saudades do Egito, o Caminho da Graça não será um lugar para vocês.
Mas se a dor mudar de tema; e se a luz acender no espírito; então, me fale, e terei prazer em indicar uma boa Estação do Caminho perto de vocês.

Nele, que nos chama às decisões simples,

Caio
19 de abril de 2009

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Andar com Jesus com a própria consciencia


(Mensagem Transcrita)
 
 
Lucas 21 : 34-36
 
 
34) Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as conseqüências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço.
 
35) Pois há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a terra.
 
36) Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem.
 
 
 

 
 
 
Eu acho interessante esse texto, pelo fato de que nele, Jesus nos afirma que, viver em qualquer momento da história é difícil, mas viver neste período, que Ele chama de últimos dias, seria algo carregado de uma densidade espiritual muito mais forte. É como quem anda num campo de laços, laços visíveis e laços invisíveis. E ele divide as manifestações dessas dificuldades em dois níveis; em dois planos:
 
 
1)   O plano objetivo dessas dificuldades:
 
 
Quando Ele diz, no verso 34, “Acautelai-vos por vós mesmos!”.
 
 
Acautelai-vos de três coisas:
 
 
a)  Da orgia,
 
A orgia esvazia o coração da capacidade de amar e enche os sentidos humanos de fantasia; é o culto ao prazer pelo prazer, ou seja, não existe na prática ciente da orgia qualquer possibilidade de que o amor cresça no coração. Quando você vê, por exemplo, principalmente nestes dias, uma quantidade enorme de clubes de “swing”, de trocas de casais; anúncios na internet de todo tipo: “PROCURA-SE GAROTÃO QUE QUEIRA “PEGAR” MINHA MULHER...”. Hoje em dia o pessoal está até agressivo. Antigamente, apenas as mulheres eram agredidas, hoje em dia até os homens se sentem agredidos, o pessoal está afoito!  
Agora, enquanto a orgia não promove o encontro, ao contrário, ela só estabelece o culto ao prazer, ao hedonismo, a variedades, a promiscuidades, àquela impressão de que “eu estou pegando uma carne diferente”, ou seja, quanto mais variedade, melhor pra mim e mais bem sucedido eu sou, ela, a orgia, não estabelece vínculos, não há ambiente pro amor florescer na orgia, só pra DISSOLVER-SE. Apenas para DISSOLUÇÃO. Por isso, não é preciso ter nenhum discurso moral contra orgia (vocês me conhecem e sabem que eu tenho pavor de moral, sobretudo de moralismo. Eu odeio esses discursos!), não tem nada a ver com isso, esse discurso tem a ver apenas com saúde humana, porque se não existe amor, não existe vida. Em um ambiente interior onde o amor não se consolida, nenhuma vida é possível. Você vive apenas de encontros cada vez mais superficiais, banais, esvaziantes do ser, os quais não produzem nada pra dentro, daí a palavra DISSOLUÇÃO designar esse tipo de prática.
 
Daí que:
 
DISSOLUÇÃO = Aquilo que perdeu a solução.
 
Perdeu a química, perdeu o conteúdo, perdeu a essência. A dissolução faz com que o indivíduo perca a sua solução pessoal. Mexe com a essência toda do ser, como Paulo diz:
 
“Aquele que se envolve na orgia, troca energias as mais variadas com as pessoas as mais distintas.“
 
Às vezes ele nem percebe, mas se ele pudesse se enxergar numa fotografia espiritual, ele carrega uma gambiarra enorme atrás de si.
Sem falar no fato de que Jesus disse que onde a iniqüidade prolifera, o amor esfria no coração, de modo que se você se dedica à orgia, isso vai significar também o fato de que você vai perder a capacidade de amar.
 
É fácil perceber isso no seu marido!
 
Quando o marido é um “galinha” da pesada e você não sabe porque que o cara não ama você, não ama os filhos, não ama ninguém! Porque o amor precisa de uma capacidade mínima de foco. Precisa olhar para alguém e ter uma relação com essa pessoa. Precisa responder a alguém, e ser objeto de resposta para com essa pessoa e dela para com você.
No momento em que se estabelece o clima da promiscuidade, nenhuma forma de amor floresce, porque a promiscuidade é hostil ao amor.
Quando o amor entra, a promiscuidade desaparece. Por isso você vê que pessoas que se dizem apaixonadas perde o interesse na orgia. Quando a relação e o vínculo perde o interesse, volta o interesse na pluralidade de vínculos, e posteriormente na orgia.
A orgia de que eu falo aqui, deve ser entendida não apenas como essa coisa do BACANAL. Onde “rola de tudo”. A orgia não é apenas algo que tem que se conectar à ações definidas como orgiásticas.
 
Orgia é um espírito!
 
É um espírito que não estabelece vínculos. É um espírito que faz o indivíduo caminhar sem amar, sem se deixar amar, sem se vincular. É apenas o espírito da utilização, que olha o prazer como coisa descartável, e que vive para cultuar o prazer.
 
Jesus disse:
“CUIDADO!”
“ACAUTELEM-SE DA ORGIA!“
 
 
b) Da embriaguez:
 
 
E aí outra vez a gente pensa de maneira superficial, aludindo logo ao sujeito que enche a cara e anda por aí cambaleando! Essa é a embriaguez mais simples que existe, pura, tranqüila... De fato, a embriaguez é algo muito mais profundo! Tem a ver com o entorpecimento dos sentidos. É um culto à loucura. É o cara que, de fato, renuncia à sensatez. Vai se deixando ficar entorpecido, anestesiado. Cria uma crosta nas sensibilidades dele. Ele vai perdendo os poros pelos quais ele pode ser tocado e sensibilizado pelo mundo exterior, e vai perdendo a capacidade de dar respostas sensíveis a qualquer coisa do lado de fora, e, ao contrário, a mente dele vai ficando completamente possuída e fixada em idéias únicas, a sensatez desaparece, a sobriedade vai embora, o que reside e resiste na mente é um estado de torpor. E há uma quantidade enorme de pessoas que jamais botaram uma bebida alcoólica na boca e são embriagadas. O cara vive de porre, literalmente. Portanto não existe aqui uma denúncia à bebida alcoólica, porque Jesus foi acusado de bebedor de vinho, glutão, amigos de pecadores e publicanos, e no primeiro milagre que Ele realizou, o fez transformando água em vinho, não em suco. E a ceia do senhor era feita com vinho, prova disso é que em 1Coríntios 10-11, onde Paulo fala da ceia, ele diz que ali naquele meio, havia gente que bebesse tanto na ceia que ficavam embriagadas.
Suco de uva não gera esse barato, não produz essa “onda”, portanto, era bebida mesmo!
Portanto, Jesus não era antialcoólico.
O que Jesus está apenas falando é da embriaguez que tanto pode vir como resultado de uma mente que fica intoxicada definitivamente e perde a sobriedade, como também Ele fala, sobretudo, da embriaguez da soberba, da loucura, e da vida que tem em si mesma a medida pra todas as coisas, que não tenha a Deus e nem ao próximo como referência, e que existe por conta própria, e que, portanto, acontece como loucura, porque esse é um ser SURTADO.
 
Aí Jesus diz:
“CUIDADO COM A EMBRIAGUEZ E COM AS PREOCUPAÇÕES DESTE MUNDO.”
 
 
 
b)  Das preocupações deste mundo:
 
 
Se a orgia faz com que o indivíduo se dissolva nesse culto ao prazer;
Se a embriaguez faz com que o indivíduo perca completamente a lucidez, ou seja, vai deixando de poder discernir o que é do que não é, e vai ficando cada vez mais entregue à sua própria disposição mental reprovável, de modo que a única coisa que para ele vale é aquilo que ele pensa de modo obstinado. Tal pessoa não é capaz de abandonar aquela fixação por coisa alguma, porque a mente dele já se enclausurou naquele estado;
 
As preocupações deste mundo têm a ver não apenas com ser responsável, pagar as suas contas, isso não é as preocupações deste mundo acerca da qual Jesus está falando. Ele está, de fato, falando de uma pré-ocupação com as coisas do planeta. Mas são justamente essas coisas, aquelas em razões das quais nós nos deixamos tiranizar de modo que não temos tempo nem pra vida, por causa das preocupações deste mundo.
 
O que Jesus queria era que a gente tivesse tempo pra vida!
 
Quando você vive ou existe em função das preocupações deste mundo, dos alvos, do que é estabelecido, do status quo, do que dizem que você tem que ter pra ser, do que designam pra você como papel e como script, das ambições que você compra não sabe nem em razão do que, quando você existe assim, a sua existência inteira é consumida nessa tolice, e não sobra tempo para a vida. E a maioria de nós não tem tempo pra vida. A gente vive de preocupações deste mundo, por isso a alma é tão miserabilizada. 
 
É uma espécie de culto à insegurança!
 
“Se eu não tiver, eu não sou.”
“Se eu não alcançar, eu não me torno.”
 
E fica o indivíduo o tempo todo perseguindo coisas, as quais a humanidade toda no passado viveu sem elas e não sentiu falta. E se você for supresso drasticamente delas e não tiver mais acesso a elas, você vai descobrir que vive sem elas. Todavia, enquanto algo drástico não acontece, a maioria se deixa tiranizar de uma maneira tão absurda, que persegue de um modo tão obstinado determinadas coisas, que acabam sem tempo para viver.
 
Sem falar que essa inversão de valores corrompe a alma, porque as preocupações deste mundo tiram da gente o sentido do que vale e nos sujeitam ao que se diz que vale, tornando a mente da gente escrava de uma agenda inesgotável e irrealizável que gera uma insegurança enorme, porque o indivíduo nunca se sente seguro enquanto não alcança a agenda inteira com seus itens infindáveis, e, de fato, nunca vai alcançar.
 
A questão é que Jesus não apenas falou desses problemas objetivos que estão em volta, mas Ele disse que essas situações objetivas têm uma dimensão subjetiva.
 
Alguns de vocês talvez estejam indignados comigo e pensando, “pera aí”, “calma lá”:
 
_Eu! Swing! Deus me livre!
_Bacanal! Jamais!
_Preocupações deste mundo! É claro! Tá pensando que eu vou dar bobeira!
_Agora, embriaguez! Tá amarrado!
 
( Sem saber que um pilequinho num nível bom é uma delícia. RSrsrs )
 
 
Só que, no texto que nós lemos, a ênfase de Jesus não está nas coisas tópicas!
 
A orgia por si só já está auto-definida! Se você quiser ser infeliz até a morte, dedique-se devocionalmente à orgia. Se quiser ser infeliz é só dizer todo dia:
“Eu vou pegar e vou ser “pegado”. Eu vou pegar! Eu vou pegar! Eu quero orgia, eu quero orgia...“
 
A embriaguez... A conseqüência mais leve é uma cirrose hepática, ou seja, essa que entra pela veia do álcool tem cura, mas a embriaguez horrorosa é aquela que não é alcoólica, que é o surto da loucura. Por si só é doença! Megalomania!
 
As preocupações deste mundo vão lhe estressar, arruinar você, gerar doenças psicossomáticas, acabar com a sua vida, se você existir para dar conta de determinados scripts, esquecendo-se de você mesmo e do que vale na vida.
 
A ênfase de Jesus, portanto, não está nessas coisas, por si só elas já se explicam, a ênfase de Jesus tem a ver com uma realidade subjetiva que habita tudo isso que eu acabei de lhes dizer.
 
 
 
2)   O PLANO DAS CONSEQUÊNCIAS:
 
 
Olhem só no verso 34, quando Ele diz :
 
34) Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as conseqüências da orgia...
 
Com as CONSEQUÊNCIAS!
 
Portanto, existe a questão tópica da orgia, da loucura, das preocupações do mundo e existem aquelas que são de natureza subjetiva, que podem afetar aquele que não pratica a orgia, que não está embriagado pela loucura, ou pelo menos é aquele que não procura a embriaguez como anestesiamento do seu surto, e acontece também com aquele que, não necessariamente, é o agente intenso e aflito de uma vida apenas preocupado com as coisas deste presente momento histórico. Sem cuidar da vida e da alma. Jesus disse que isso pode acontecer com quem não pratica essas coisas. Por isso é que Ele está falando das CONSEQUÊNCIAS.
 
E a seguir Ele diz que esses dias há de vir sobre todos os que habitam sobre a face da terra. Que cada habitante da terra estaria sob esta possibilidade. E aí a gente olha em volta e vê que o pior cenário não faz com que a maioria esteja entregue à orgia, à embriaguez e às preocupações deste mundo, pelo contrário, é uma minoria que realiza essas coisas, o que faz delas uma referência social, mas a maioria, não!
 
Por que então que Jesus disse que nós todos temos que tomar cuidado porque esse dia haverá de chegar como um laço sobre todos os que habitam sobre a terra.
Por quê?
Porque Ele estava dando ênfase nas conseqüências.
É aquilo que te atinge sem você ter feito.
Que passa.
Que vira cultura.
Que vira inconsciente coletivo.
Que habita um mundo invisível.
O simples fato de você ser filho desta geração, e por essa geração ser tão caracterizada por essas coisas que eu acabei de descrever, e pelo fato de tudo o que a envolva estar poluído por este espírito, faz com que toda produção humana acabe ficando intoxicada dessas coisas, de tal modo que, mesmo aqueles que não as pratica, não está livre do eco, da energia, do impacto, da coisa que passa, que cola, que pega, que você não sabe nem de onde é que veio!
 
“ Que o vosso coração não fique sobrecarregado com as conseqüências da orgia...”
“Pois há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a terra.”
 
Sabe quando é que isso acontece?
É quando você adoece da doença dos outros.
E a gente adoece da doença dos outros, com uma facilidade, o tempo todo.
Eu encontro pessoas que nunca fizeram topicamente nenhuma dessas coisas, mas estão doente delas.
 
A pessoa nunca praticou orgia, mas o coração está “orgiado”.
O cara está todo aflito, todo angustiado, e você não sabe por que o cara está daquele jeito! Uma pilha! Uma bateria de orgia! Está vazando aquela energia dele o tempo todo.
O surto!
A loucura!
Você já prestaram a atenção como é fácil, hoje em dia, enlouquecer?
Existe uma mídia espiritual preparada para a loucura no nosso meio.
Você já prestaram a atenção como é fácil o indivíduo obcecar por objetivos e viver em função deles de tal modo que a própria vida se esvai e ele não sente?
 
Jesus está dizendo: “Olhe! Tome cuidado com a sobrecarga! ”
 
“Tomem cuidado para que o vosso coração não fique sobrecarregado com as conseqüências ...”
 
Ele está dizendo que haveria uma carga no ar.
Uma carga em excesso!
Aonde quer que você vá, você haveria de ser tocado por essa carga. Por essa energia.
E Ele diz: “Tome cuidado com a sobrecarga e com as conseqüências!” Que é o produto gerado por uma sociedade tomada pela orgia, pela loucura e pelas preocupações deste mundo.
 
O que é que Jesus, de fato, está ensinando?
 
PRIMEIRO) que há uma sobrecarga invisível e que atinge invisivelmente a todos nós. Não adianta você dizer “eu não ando por aí!” Onde quer que você esteja, isso está no ar. Chega uma hora que isso vira atmosfera global.
 
SEGUNDO) que há uma cadeia de causa e efeito que se perpetua diante de nós como uma cultura, que é gerada de tal modo que a produção do ato multiplicado por uma quantidade enorme de atos se transforma numa multidão de atos e de práticas, isso acaba virando uma cultura, que é ensinada e que acaba virando um substrato invisível que atinge a todos os seres humanos.
É a cultura das conseqüências.
Aquilo que lota o inconsciente coletivo.
A grande questão é: O QUE É QUE ISTO CRIA?
 
Resposta: Isso cria um ambiente espiritual danoso para a alma.
 
Foi por isso que Jesus disse: “acautelem-se!”
Porque viver neste tempo é uma experiência profundamente danosa pra alma.
O interessante é que, quando eu penso nisso, eu olho o seguinte: que o ambiente ficou tão carregado, que você nota que há pessoas que não dão valor a orgias e ficam culpadas por causa disso.
Já perceberam isso?
O cara que quase se desculpa: “perdoem-me, mas eu não pratico swing.”rsrsrs
Existe uma quantidade enorme de meninas que ficam culpadas pelo fato de que elas não estão sendo pegadas toda hora, simplesmente por que não gosta. Ficam em crise.
Isso é conseqüência da orgia!
Já virou uma cultura tão grande que o cara tem que pedir desculpa por não fazer parte do negócio.
Ou até mais do que isso!
Eu encontro gente que não se embriaga, não se deixa tomar pela loucura, e se sente sobriamente inferior em razão disso.
O cara se sente culpado pela sua sobriedade, sensatez, realidade, discernimento.
O clima vai ficando tão sodomizado no ar, que quem difere daquele espírito, acaba se sentindo inadequado e pede perdão por não se comportar do outro modo.
Ou então você encontra gente que não se angustia com as angústias da perseguição dos objetivos deste mundo, e se sente faltoso e irresponsável em razão disso.
 
 
 
COMO COMBATER TUDO ISSO?  
 
 
A questão para mim é que, já que a gente está vivo aqui, neste mundo, o que é que a gente tem que fazer para suportar a sobrecarga? As conseqüências?
 
 
A mentalidade cristã e religiosa, aliena logo a pessoa e diz:
 
_”Olha! Pra você suportar essa história toda, não saia, não pegue, não toque, não olhe, não veja...!”(rsrsr)
 
 Aí cai naquilo que o apóstolo Paulo diz aos Colossensses, quando ele fala do ascetismo:
 
“Não bebe, não come, não prova, não sente, diz que não gosta, torna-se recluso, veste-se de uma falsa humildade, mas não tem nenhum valor efetivo contra a sensualidade.”
 
Ou, então, a religião ensina o indivíduo a ficar com aquela atitude de “OS GUERREIROS SE PREPARAM PARA A GRANDE LUTA.”
Aí lá vai o cara para a GUERRA ESPIRITUAL!
O nível de idiotice da religião é tão grande que o pessoal está até urinando nos locais onde a Igreja dele ainda não chegou!
O cara chega no local, dá uma olhada e diz:
_Neste lugar tem muitas almas perdidas, vou urinar neste terreno, porque eu sou discípulo do leão de Judá. Vou urinar com a urina do leão para marcar o território!
O nível de patetice é esse aí! O cara é ensinado nessa maluquice!
 
Ou, então, em vista dessa atmosfera, a pessoa entra naquele espírito de aflição contínua.
_Ai, meu Deus! Eu estou vivo neste mundo! Jesus volta! Maranata! Vem senhor Jesus! Salva-me da terra! Este mundo é uma desgraça!
 
Aí a vida do cara vai virando um inferno!
Um inferno a caminho do céu! Rsrsrsrs
Um inferno terrível.
 
 
O que é que o espírito do evangelho nos ensina a fazer, quando o tempo está carregado assim? Quando a gente vive sob os excessos dessa produção?
 
O que a gente deve fazer, quando a gente vive sob as conseqüências e os impactos de todas essas coisas feitas e praticadas, as quais viram cultura e impregnam o inconsciente coletivo, “chuvendo” sobre toda a humanidade?
 
O que a gente tem que fazer neste tempo e nesta hora? Como é que Jesus nos ensina a lidar com isso? Como é que o espírito do evangelho nos ensina a lidar com essa questão?
 
 
RESPOSTA:
 
 
1)  EM RELAÇÃO À ORGIA:
 
 
Primeiro de tudo, temos que saber que a nossa vocação é para o prazer, não para a orgia.
 
A orgia não carrega prazer, ela carrega apenas doença, vício! É o toxicômano do hedonismo. É a pessoa que já está escrava, ela não aproveita mais, ela é apenas consumida pela coisa toda!
A palavra de Deus nos ensina a lidar com a orgia, com o prazer.
 
A gente não enfrenta a orgia com a abstinência!
 
(O mundo inteiro está na orgia aí tem gente que vai para a abstinência e fica lá:
_Meu Deus! O mundo está na orgia! Me amarra, senhor! RSrsrsrrsr)
 
Agora, de fato:
 
ORGIA A GENTE ENFRENTA COM PRAZER.
A orgia adora abstinência, mas não suporta prazer.
 
Prazer na dose certa, prazer sadio, prazer vinculado, prazer que é fruto do amor, prazer profundo, pleno...
“Goza a vida com a mulher que tu amas”, esse é o conselho de eclesiastes neste mundo.
Goza a vida com o homem que tu amas!
 
O remédio bom para a orgia é gozo, é prazer, é alegria vinculada pelo amor.
 
Não adianta você ficar dizendo:
_Senhor! Amarra os principados e as potestades!
Ou, então, fazer um mês de jejum, inclusive sexual. E a pobre da mulher tem que agüentar o mesmo sacrifício. Quando acaba, está todo mundo doido! Um para um lado, o outro para o outro. Pulsões para o vizinho!
O diácono já deixa a mulher toda exacerbada!
E o cara:
_Ai, meu Deus, segura-me! Deve ser por causa da consagração!
 
Aí eu respondo : “ Não é não “cara”. Não é por isso não. É por que faltou prazer.”
 
ORGIA, A GENTE VENCE COM PRAZER!
 
 
2) EM RELAÇÃO À EMBRIAGUEZ:
 
 
O que é que Jesus nos ensina em relação à embriaguez?
 
Resposta: É de que a nossa vocação é para a alegria e não para a embriaguez. Devemos ficar tomados de alegria!
 
Tem gente que não quer nada com a alegria e diz:
_Não! Eu sou sério demais! Eu sou de Deus! Sou sério!(rsrsrsr)
Aí o cara se veste de luto, fica com aquela cara idosa, rancorosa, hostil, mal humorada... É uma cara que ele chama de ROSTO CONSAGRADO. (rsrsrsrs)
Pavoroso!
_Não! Não! Eu não bebo! Eu não quero! Água, por favor! Mineral! Mineral e sem gás! (rsrsrsrsr)
 
Embriaguez, seja ela de que nível for, a gente vence é com alegria. Não é com a retração da vida para longe da alegria.
Se as conseqüências da sobrecarga é com a embriaguez, o que encara a embriaguez é a alegria lúcida.
 
3) EM RELAÇÃO ÀS PREOCUPAÇÕES:
 
Jesus nos ensina a lidar com isso, crendo que o nosso desafio é para a OCUPAÇÃO. Não para a opressão da preocupação deste mundo, porque a gente combate preocupação é com trabalho e consciência.
O chamado não é para viver preocupado, é para curtir a vida, para se deleitar, para aproveitar o que vale e o que fica. E para combater a preocupação com uma ocupação, que é fruto da consciência de um trabalho responsável, e não tiranizado por um script que não lhe diz respeito, o qual é apenas vocação de outros imposta sobre você.
 
Jesus nos ensina a lhe dar com isso crendo que as urgências deste mundo quase sempre são atrasos de vida.
 
De fato:
 
 
A gente combate essas urgências aflitivas não realizando-as, a gente as combate priorizando as importâncias da vida.
 
 
***
 
Comentários:
 
Jesus nos ensina a lhe dar com isso crendo que, na orgia, há sempre uma troca de energia que corrompe a integridade do ser, portanto, a gente combate a orgia, com relacionamento.
Em relação à embriaguez, Paulo, em Romanos 8, ensina que se você se entregar à tendência, ela vai escravizar você. E que a maneira com a qual devemos lidar com esse poder, que tem a capacidade de nos dessenssibilizar e de nos embriagar é com a resposta da consciência do espírito.
Jesus nos ensina a lidar com isso, crendo que vivemos num mundo onde há uma cultura que nos oprime com estas coisas, e isso tem a ver com o curso deste mundo, com esse fluxo contínuo, que a maioria obedece e segue de olhos fechados e não sabe nem para onde é que está indo.
A pessoa, às vezes, se apanha em alguns lugares e pergunta: O QUE É QUE EU ESTOU FAZENDO AQUI?
E a única resposta que ele consegue dar para ele mesmo é:
 
“_AH! É POR QUE TODO MUNDO VEIO!”
“_CORRERAM, ENTÃO, EU CORRI JUNTO!”
“_DISSERAM QUE ERA PARA ALI, ENTÃO, EU FUI!”
 
Meu Deus, é todo mundo idiotado!
 
Alguém diz:
_Agora é pra lá!
Aí todo mundo corre pra lá.
 
Depois outro diz:
_Agora é pra cá!
Aí todo mundo corre pra cá.
 
É todo mundo idiotado!
 
Certa vez, chegou um cara para mim e me disse, quando me viu vestido:
_Sabia que essa é a tendência do verão na Europa? O senhor está vestido conforme a tendência.
Eu pensei comigo:
_Meu Deus! Ele não sabe que eu não estou nem aí para isso. Eu me visto do modo como eu quero, se der vontade de botar paletó, eu coloco, como também se der vontade de calçar sandálias, eu coloco!
O meu senso de propriedade existe, mas a começar por essas pequenas coisas, eu me rebelo!
 
Contra a necessidade de andar no fluxo!
 
Contra essa mentalidade de rebanho.
 
Pelo amor de Deus! Páre com isso de: “_todo mundo está indo pra lá, então, é pra lá que eu vou!”
Pelo amor de Deus!
Acorde!
Esse é o curso deste mundo! Que sempre segue o príncipe da potestade do ar. Que sempre se utiliza das inclinações da nossa carne. E as inclinações da nossa carne sempre são a realização da vontade dos nossos próprios pensamentos, que acaba sendo fruto da nossa disposição mental reprovável. E a soma das disposições mentais reprováveis formam o curso deste mundo. É um ciclo que não pára.
 
 
 E quem quiser ser feliz, quebre esse ciclo e ande com a sua própria consciência.
 
 
Jesus nos ensina a enfrentar essas coisas crendo que nada pode nos ajudar exceto duas coisas:
 
 
PRIMEIRO) TERMOS CONSCIÊNCIA PRÓPRIA NESSA HORA
 
 
Por isso é que Ele diz: “Acautelai-vos por vós mesmos!”
Essa é uma coisa que ninguém pode fazer por você. É uma consciência que você tem que ter. É por você mesmo! É você mesmo!
 
Só que tudo acaba preso por essa “coisinha” do sujeito gostar de ser conduzido e teleguiado por alguém, por isso as pessoas entregam o destino delas a pastores.
 
Aí o pastor diz com quem a pessoa casa, com quem ela não deve casar!
A mulher apanha do marido durante 15 anos todos os dias, mas tem um pastorzinho lá safado, insensível, mal casado, que só não bate na mulher dele porque ela é diaconisa, e pode “pegar” mal pra ele na igreja, mas mesmo assim ele oprime, aí quando ele vê um marido fazendo mal à mulher, ele diz para a moça da igreja dele: “Agüenta firme, minha filha!” Porque se ele, o pastor, disser alguma coisa diferente na igreja, a mulher dele, a diaconisa, deixa ele, e ele fica largado na vida. Então ele, o pastor, tem que dizer “agüenta”, “agüenta”, e a pobre da mulher fica lá apanhando, apanhando...
 
 
 Esse, por exemplo, foi um caso real de uma mulher que me escreveu, dizendo:
_Pastor, eu não agüento mais! Eu estou apanhando, e o meu pastor diz para eu agüentar!
 
E, às vezes, eu, na brincadeira, mas falando sério, digo:
_Diz-me o endereço do teu pastor, que eu vou fazer uma visita a ele. Dá a ele o tratamento que o teu marido dá a você, pra ver se esse calhorda manda você agüentar mais essa pancadaria.
 
Mas por que isso acontece?
Resposta: Por que as pessoas não têm consciência própria!
Não se acautelam por elas mesmas!
 
Acautelar-se por si mesmo, também significa ter uma cautela que não depende da tragédia!
 
Às vezes a gente só se acautela depois que a tragédia já nos atingiu. Aí pelo amor de Deus! Depois que a avalanche matou todo mundo, cautela não precisa nem se pedir, ela já nasce espontaneamente do chão!
 
Acautelar-se por si mesmo é ser previdente. É ter uma consciência própria que faz exames de prognósticos e faz o que o livro de provérbios diz:
 
“O prudente vê o mal e se esconde.”
 
Não tem por que botar a cara na reta para apanhar, o que precisa é ter uma consciência própria.
 
 
SEGUNDO) A NOSSA RELAÇÃO COM DEUS.
 
 
Relação com Deus é conhecer a Deus para si mesmo. A maioria de nós não conhece a Deus para si mesmo. A gente só tem informações sobre Deus, a maioria delas loucas, desencontradas, malucas... Um Deus inconciliável dentro de nós, porque Ele é absolutamente “contraditório”, “esquisito”, “estranho”, “complexo”, “cheio de caprichos”.
Há uma quantidade enorme de pessoas se sentindo muito bem, algumas não sabem nem em razão de quê! Outras estão descobrindo que é por causa da simplicidade da verdade.
Mas isso não é tudo!
Isso só é melhor do que o estado de confusão e expectação de qualquer coisa que poderia vir da parte de Deus, subitamente, nos fazer mal. Por Deus, por ventura, não ter gostado de como a gente se vestiu no dia de hoje!
Que loucura!
O que nós temos aqui é melhor do que isso. Mas “ai de você” se você se contentar com essa palavra de amor que a gente tem aqui.
Alguns lêem esta palavra, ficam aliviado, e me falam:
_Pastor! Eu sempre pensei assim, eu só não tinha coragem de “bancar”!
 
Mas conhecer a Deus para si mesmo, significa ser de Deus contra tudo e contra todos. Significa que você conhece a Deus, não por que a vida em volta de você dá testemunho de que tudo vai bem!
Conhecer a Deus para si mesmo, significa nunca mais se escandalizar na vida.
Quando você conhece a Deus por você mesmo, você se torna não escandalizável.
Se alguém me disser que Billy Graham, nos Estados Unidos, estava fazendo um despacho de macumba nas ruas de Montrit, eu direi na maior tranqüilidade:
_Puxa vida. Coitado do Billy. Surtou no fim da vida.
Agora, mexer comigo! Olha! Nenhum bilhão de Billy Graham tem esse poder!
Podem todos negarem sua fé, eu conheço a Deus para mim.
Agora tem gente que fica:
_Ai, meu Deus!!!! Ai! Ai! Meu Deus!! O Billy oferecendo um despacho! Será que eu estou certa? Será que eu estive errado esse tempo todo?
 
Conhecer a Deus para você, tem a ver com uma comunhão na qual a oração não é uma coisa que você faz numa determinada hora, num certo momento. A oração passa a ser um estado de pensar!
 
Jesus disse: Acautelai-vos!
E disse: Vigiai em todo o tempo! Orando!
 
Verso 36: “Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem.”
 
Vigiar a todo tempo orando!
 
Aí o cara pensa que ele tem que ficar nos lugares de olho fechado, invocando a Deus religiosamente, orando em línguas, ficando de joelhos, falando o tempo todo:
 “_senhor, livra-me deste lugar promíscuo”,
 “_fortalece-me.” Rsrsrsr
 
Pelo amor de Deus! Pára com isso!
 
Vigiar a todo tempo orando significa poder transformar os processos mentais em oração. É fazer com que a nossa viagem mental aconteça em Deus, em vez dos seus pensamentos começarem e terminarem em você mesmo. Quando isso acontece, você começa a orar o tempo todo e as pessoas não lhe vêem de olhos fechados! Isso é vigiar o tempo todo orando.
 
É olhar pro coração, é se enxergar, é fazer perguntas a si mesmo na presença de Deus e demandar de você mesmo respostas honestas na presença de Deus.
 
É assim que a gente vence as conseqüências desse tempo de orgia, de loucura, e de fixação em sucessos e alcances que não realizam a vida, apenas tiranizam a existência.
E isso está no ar! E há uma quantidade enorme de gente sofrendo disso sem nunca terem feito isso. O cara está desempregado e sofrendo das preocupações deste mundo. Ele não está tão preocupado porque ele está desempregado, ele está preocupado, na verdade, porque ele não alcançou ainda, aos 37 anos de vida, o nível de sucesso que disseram que ele tinha que alcançar.
Aí ele fica nessa angústia!
Ele não está na orgia, mas está aflito porque, para ele, ele deveria estar.
Ele fica aflito porque ele está fora de onde todo mundo está.
 
Pelo amor de Deus!
Se você está neste estado, pára com isso!
Em nome de Jesus, pare com isso!
Vigie seu coração.
Peça a Deus para proteger sua mente.
Para guardar sua alma.
Pra que você não fique entregue ao sabor das doenças deste tempo.
 
 
 
 
Vamos orar:
 
 
Pai!
Nós estamos aqui, vivos neste tempo, com todo esse acúmulo, com toda essa carga de hedonismo, que nos desafia a multiplicidade de encontros, mas sem nenhum encontro em amor.
Há muita gente tomada pelo surto, pela loucura, pela maluquice, pela embriaguez, pelo torpor.
Pedimos que o senhor nos ajude a manter a consciência em meio a essa loucura.
Estamos sendo oprimidos todos os dias a sermos quem não somos, a vivermos vidas de outros, a nos submetermos a obrigações que vêm de fora e que não realizam nossa vocação, nosso chamado para ser em Ti.
Por favor, dá que a tua palavra entre em nós.
Que tenhamos discernimento.
Que tenhamos cautela.
De olhos abertos.
Lúcidos.
Vigiando.
Conhecendo-Te em nosso interior. De tal modo que as nossas orações não seja uma fala externa a nós, mas seja um contínuo conversar Contigo. Que seja um pensar em Ti.
Um ser em Ti.
Que seja um realizar a vida em Tua presença.
Faz isso, para que o nosso conhecimento de Ti seja a nossa segurança nesse chão.
Nesta vida.
 
 
 
FIQUE COM O NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
 
 
Amém.
Caio
Mensagem transcrita por: José Abdon Luna Accioly
 
 
 
(Mensagem Transcrita)


domingo, 20 de maio de 2012

A proposta de Jesus: A falencia como alívio!


“Vinde a mim todos os cansados e os sobrecarregados, e eu vos aliviarei”, disse Jesus.

Ora, a salvação do cansado é Vir, não Ficar. A salvação do cansado é tomar algo, é atender um convite para sair de onde está e encontrar alívio para alma.

Mas como posso ir a algum lugar se eu mesmo não tenho forças para me ajudar?

Interessante isso. Para nós, a salvação do cansado é ficar e descansar. Jesus, no entanto, diz que o cansado tem que VIR.

Mas como o cansado andará se está cansado? Não seria muito mais digno de Deus dizer: “Todos vós cansados, ficai onde estais, e eu vos visitarei.”?

A questão é que Este que oferece o descanso está ao lado, e Seu convite não é um grito distante, mas uma súplica interior: “Vinde a mim... e achareis descanso. Tomai o jugo, e tereis alívio”.


Assim, o movimento, o Vir, não para fora, mas para dentro!


Todavia, por mais perto que Ele esteja, aquele que precisa da ajuda precisa Vir; tem de se movimentar; necessita escolher e acolher o refúgio.


Afinal, quem descansa no refúgio que não quer estar?


Refúgio forçado é prisão!


“Vinde a mim” é um convite pessoal e propõe um encontro pessoal. “Vinde a mim” equivale a “permaneça em mim, e você terá descanso”.


Todavia, nem por causa disso eu devo ficar onde estou. Eu preciso sair de onde estou em mim a fim de encontrá-lO como alívio para mim, ainda em mim.


“Permanecer nEle” é “Vir a Ele”. Portanto, é um permanecer em movimento, andando com Ele, deixando-se levar aos pastos verdejantes e às águas tranqüilas que não existem em nenhum éden terreno, mas tão-somente em paragens interiores.


“Vinde a mim todos...”, diz Jesus.


Que coisa mais linda é ouvi-lO dizer que Seu atendimento é pessoal, visto que só é para todos porque é para cada um.


Ele não pergunta pelo tipo de peso ou de carga que nos oprime; apenas aceita que pode ser qualquer coisa, e que Ele mesmo tratará com total pessoalidade qualquer que seja o jugo de agonias que possam estar afligindo a todos — portanto, a cada um individualmente.


Jesus, assim, não classifica angústias, e nem diz que certas agonias são virtuosas e, portanto, passíveis de ajuda, enquanto outras não são.


Jesus não age assim. Assim age a religião!


Não! Não é para um concurso de agonias que Ele nos convida, nem é para um vestibular de angústias, para, então, no fim, alguns serem selecionados para receber o alívio e a ajuda. Pois assim como Ele convida a todos, Ele também convida o tudo de todos, sem discriminação.


O critério que seleciona as agonias passíveis de socorro não obedece a nenhum juízo moral, ético ou religioso.


Quem pré-seleciona o candidato à ajuda é a Necessidade que faz com que o necessitado perca o senso de autocrítica e de auto-ajuda e simplesmente diga: “Eu não posso mais!”


Assim, o convite é para quem não pode mais; é para quem se cansou tanto que já desistiu, e só não desistiu totalmente porque não sabe como morrer.


Somente os que não sabem como morrer é que podem atender a tal convite, que num certo sentido só se consuma se eu digo: Morri, mesmo que ainda eu ainda exista!


O convite é para quem não sabe nem como morrer. Sim, o convite é, sobretudo, para estes.


“Vinde a mim todos vós”, diz Jesus. E, assim dizendo, Ele espera que “vós”, nós, eu, cada um, por si mesmo, decida aceitar a ajuda e Venha a Ele.


Estranho e fascinante. Eu não agüento mais, mas preciso “Vir a Ele”, o que significa fazer o movimento da rendição, da entrega total de toda autoconfiança.


O convite só se efetiva na completa certeza de que em mim mesmo não resta esperança.


O alívio só chega para quem já aprendeu que por si mesmo não chega a nenhum alívio por suas próprias pernas.


O alívio é apenas para os perdidos na impotência!


Maravilhoso e paradoxal!


Ele me diz: “Vem”. Mas eu não consigo dar nem mais um passo...


Assim, é na impossibilidade de me mover que eu me movo para onde está o refúgio.


Eu tenho apenas que dizer que não posso mais, e, no mesmo Instante, paradoxalmente, me movo para Ele, sem ter que sair de lugar nenhum, visto que o lugar sai de mim, pois a opressão é em mim, e o alívio está em mim, mas somente quando, em mim mesmo, Venho a Ele.


Quando eu desisto, vou a Ele. Então, descubro que o lugar do alívio não é um lugar, nem mesmo pode ser comparado ou medido como a distância de uma estrada a ser percorrida até chegar a Ele, onde está o descanso.

Não! É justamente por não poder ir que chego, e é por não agüentar mais que recebo o poder que me faz agüentar tudo.


“Tomai sobre vós o meu jugo, pois Sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas, pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”, explica Jesus.


Ele implora que eu aceite a ajuda dEle
. Sim, Ele se mostra manso e humilde, e garante que o peso dEle é leve.


Peso leve. Jugo suave. Tudo isso vem da mansidão e da humildade dEle.


Aquele que me oferece ajuda é forte em Sua mansidão e humildade em Seu coração.


Que coisa linda!


Assim, aprendo que meu sacrifício quanto a receber o alívio é reconhecer que “não agüento mais”, e é “tomar um peso leve e um jugo suave”, que nada mais é do que aceitar a mansidão e a humildade de Deus como meu lugar de refúgio.


Sim, onde mais posso descansar senão na humildade de Deus?


Somente um Deus manso e humilde pode aceitar tudo em todos, e ajudar todos em tudo!


No entanto, eu tenho que “Vir”, fazendo o movimento na Permanência Nele, e que só acontece como impossibilidade de ir a qualquer outro “lugar” que não seja Ele.


Mas quem agüenta se entregar a um Deus tão manso e humilde? Quem aceita que o socorro implique em falência edesistência? Quem deseja para si trocar seu próprio jugo pelo de Outro, por mais que Este que me convide diga que seu peso não pesa?


Para receber o alívio do Deus manso e humilde requer-se do homem um ato de movimento e a coragem da troca. E pior: demanda desse carente que se declare mais que necessitado. Sim, dele se demanda que declare falência e quese movimente na declaração da impotência, e que seja humilde a fim de aceitar a falência como salvação.


Assim, a fim de me ajudar Jesus diz: “Venha”. E, assim fazendo, Ele me diz que a salvação é Ele, e que o caminho para ela reside na desistência de qualquer outra salvação que não seja um ato de reconhecimento da minha própria impotência e perdição.


Em Jesus somente os falidos são aliviados. Quem não chegou a esse ponto —onde já não se tem para onde ir— jamais saberá o significado de receber o alívio, visto que ainda é estivador de sua própria potência, e é ainda vítima de seu estado de não-falência assumida.


Bem-aventurados os sem forças para se mover, pois eles se moverão sem ter que ir a algum lugar, visto que o Lugar-Presença a eles vem. Aliás, implora para ser apenas reconhecido.



Caio Fabio.